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As necessidades hídricas das culturas agrícolas na Madeira

11 Julho, 2023Nuno Ramos MADDE
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O sistema de regadio actualmente existente na maior parte da ilha da Madeira resultou de um trabalho de gerações, com especial ênfase nas décadas de 1940-1950, de concepção e construção de canais, levadas, túneis e reservatórios. O principal objectivo foi trazer a água da vertente Norte da ilha, onde ela existe em abundância, para a conduzir e distribuir na vertente sul, onde estão as zonas com melhores condições para a produção agrícola, com uma orografia menos acentuada, temperaturas mais elevadas e maior número de horas de sol.

Grande parte deste sistema é actualmente gerido pela empresa ARM – Águas e Resíduos da Madeira que, na ilha da Madeira, é responsável por uma rede com aproximadamente 2.800 km de canais, dos quais 343 km canais de adução e 2.447 km canais de distribuição, distribuídos por 70 levadas que abrangem 41 freguesias e 9 concelhos (a totalidade da ilha da Madeira com excepção do concelho de Porto Moniz). O sistema inclui ainda um conjunto de reservatórios para regularização de volumes disponíveis, que totaliza um volume armazenável de 686.545 m3.

Na procura constante de conhecimento sobre a sua actividade e de melhoria da eficiência da gestão do sistema, a ARM contratou à AGRO.GES a condução de um estudo intitulado “Determinação das necessidades hídricas das culturas mais representativas da Ilha da Madeira, por freguesia, e identificação de medidas e estratégias para uma gestão mais eficiente do uso da água de rega”.

Para a realização deste estudo, a equipa da AGRO.GES contou com a colaboração de um reconhecido perito em regadio, bem como de contributos muito relevantes da própria ARM, bem como das Direcções Regionais da Agricultura (DRA) e Estatística (DREM) e do IPMA.

O estudo desenvolveu-se num conjunto de etapas sequenciais:

O estudo iniciou-se com a identificação das áreas sob gestão da ARM, através da construção de uma base de dados muito detalhada que permitiu identificar e relacionar um conjunto de dados a nível de cada parcela integrada nos regadios sob gestão da ARM: localização, levada que abastece, sistema de rega em que está integrada, estação meteorológica de referência e ocupações culturais.

Foi assim constituída uma base de trabalho composta por 43.779 parcelas e uma área de 3.664 ha, essencialmente ocupados por hortícolas, vinha, frutos tropicais e sub-tropicais e banana.

Foi ainda efectuada uma caracterização climática detalhada da ilha da Madeira, através da análise exaustiva de dados correspondentes à década de 2008/2011 a 2019, através de um conjunto de parâmetros climáticos – temperatura do ar, precipitação, humidade relativa do ar, radiação solar, vento e evapotranspiração de referência – para cada uma de 13 estações meteorológicas espalhadas pela ilha:

Através do cruzamento desta caracterização climática com a evolução das fases fenológicas das principais culturas regionais ao longo do ano, foi possível determinar com grande detalhe as necessidades hídricas destas culturas, por estação meteorológica e por mês. Foram para tal utilizadas as seguintes culturas:

A título de exemplo, apresenta-se os resultados obtidos para uma destas culturas, a cana-de-açúcar:

Uma segunda etapa do estudo foi a determinação das necessidades hídricas totais na zona sob gestão da ARM, por levada e por sistema de rega. Para tal, foram analisadas individualmente mais de 50 levadas, integradas nos seguintes sistemas:

Em termos agregados, estimou-se que as necessidades hídricas totais anuais das culturas oscilarão entre 17 e 24 hm3/ano:

Em termos médios, destaque-se as maiores necessidades das culturas ornamentais (cerca de 15.000 m3/ha/ano), da banana (11.400 m3/ha/ano) e da cana-de-açúcar (8.800 m3/ha/ano).

Partindo desta análise, e considerando os níveis de perdas de água no sistema de distribuição e no sistema de rega na parcela, foram ainda estimadas as dotações de rega necessárias na situação mais frequente de rega por alagamento (61 a 87 hm3/ano) e, para efeitos comparativos, num sistema teórico com rega sob pressão (41 a 58 hm3/ano).

Considerando as vantagens da rega sob pressão, mas também as dificuldades inerentes à sua implementação da ilha da Madeira, o estudo procurou identificar um conjunto de zonas que, pela sua orografia e ocupação cultural, apresentam melhores condições para a instalação de projectos-piloto de rega sob pressão:


O estudo terminou com a identificação de um conjunto de medidas e estratégias a implementar com vista à melhoria da eficiência do uso da água de rega, essencialmente assentes em quatro temáticas:

  1. Avaliar o desempenho do sistema de rega: através de uma inspecção técnica do sistema de rega que permita verificar se os caudais correspondem aos de projecto e testar a uniformidade da distribuição da água na parcela, com o propósito de detectar e corrigir eventuais falhas;
  2. Estimar as dotações a aplicar para cada cultura: em função da gestão que se pretenda, pretende-se dar indicação de ferramentas que permitam estimar a água que deverá ser fornecida à cultura, na quantidade certa e no momento oportuno, tendo, por um lado, ganhos de eficiência, e, por outro, ganho de produtividade e rentabilidade;
  3. Monitorizar a água disponível para a cultura: dependendo da cultura instalada, será recomendado um conjunto de ferramentas que permitam a monitorização da água no solo, por forma a estimar o estado hídrico da cultura, em relação ao momento do ciclo vegetativo, permitindo uma gestão mais assertiva em função da quantidade/qualidade de produção pretendida;
  4. Delinear um correcto projecto de rega: a implantação de uma rede de rega (seja para transporte, distribuição e/ou aplicação) depende de um projecto sólido, da selecção de equipamentos e materiais, e de uma gestão adequada, por forma a garantir a sua sustentabilidade.

A gestão do sistema de rega na ilha da Madeira é um desafio constante, com inúmeras variáveis resultantes da interacção com as necessidades de abastecimento público (às populações, ao turismo, à indústria), com a extremamente atomizada estrutura da propriedade, com a cultura de acesso à água dos agricultores regionais, com a acentuada orografia regional, com os efeitos das alterações climáticas, entre muitas outras.

O aumento da eficiência do sistema de gestão e distribuição, a implementação de estruturas de armazenamento de água e a melhoria da utilização da água nas explorações agrícolas deverão ser as principais áreas de actuação no futuro próximo, às quais as políticas de apoio ao sector agrícola e de desenvolvimento territorial deverão atribuir máxima prioridade.

Nota – Uma brochura que apresenta um resumo do estudo poderá ser encontrada no site da ARM, em (https://arm.pt/arm-apresenta-estudo-sobre-necessidades-hidricas-das-principais-culturas-regionais/).


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Pedro Serrano
DIRECTOR DE OPERAÇÕES

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