Este artigo foi originalmente publicado no nº 21 da revista Cultivar, uma publicação do Ministério da Agricultura.
1. Introdução
Os sistemas agroflorestais têm vindo nas últimas décadas a assumir uma importância crescente na ocupação do território de Portugal Continental.
São sistemas que dizem respeito a superfícies ocupadas por diferentes espécies florestais associadas com actividade de produção vegetal e/ou animal.
Trata-se de sistemas com uma viabilidade económica muito dependente dos apoios em vigor no 1º e 2º Pilares da PAC e cuja manutenção futura vai ser essencial para que se possa vir a atingir os diferentes objectivos específicos de natureza ambiental, climática e territorial que constam das propostas de reforma da PAC pós 2020:
- OE4 – Contribuir para a adaptação às alterações climáticas e para a mitigação dos seus efeitos, bem como, para a energia sustentável;
- OE5 – Promover o desenvolvimento sustentável e uma gestão eficiente dos recursos naturais, como a água, os solos e o ar;
- OE6 – Contribuir para a protecção da biodiversidade, melhorar os serviços ligados aos ecossistemas e preservar os habitats e as paisagens;
- OE8 – Promover o emprego, o crescimento, a inclusão social e o desenvolvimento local nas zonas rurais, nomeadamente, a bioeconomia e a silvicultura sustentável.
É neste contexto que se insere este artigo que procura responder às seguintes questões:
- O que se entende por sistemas agroflorestais e como é que estes podem ser classificados?
- Qual é a sua localização no território nacional e quais são as suas principais características?
- Que funções é que os sistemas agroflorestais podem exercer do ponto de vista produtivo, ambiental e social?
- Que impactos é que a reforma da PAC poderá vir a ter sobre o futuro dos sistemas agroflorestais de Portugal Continental?
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Francisco Avillez
PROFESSOR CATEDRÁTICO EMÉRITO do ISA, UL
COORDENADOR CIENTÍFICO DA AGRO.GES
Miguel Vieira Lopes
COLABORADOR TÉCNICO
Gonçalo Vale
COLABORADOR TÉCNICO